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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Noturno

Eu li em algum lugar e não me recordo onde que a idéia do livro surgiu a Guilherme Del Toro, por não aguentar mais histórias com vampiros bonzinhos, e daí foi feita a parceria com Chuck Hogan.
Bem, ele conseguiu trazer a maldade de volta aos vampiros e fez isso de forma tão diferente que eles me pareceram mais com zumbis.

Em Nova York, pousa um Boeing 747 vindo de Berlim. Sem atrasos. Subitamente, o motor desliga, as janelas se fecham, as luzes se apagam. Nenhuma comunicação, nenhum sinal dos passageiros. A equipe de emergência do aeroporto tenta descobrir o que ocorreu.
Diante da possibilidade de tratar-se de um ataque biológico, o Centro de Controle de Doenças é acionado. O Dr. Eph Goodweather é chamado. O médico ingressa no avião.Junto com ele, a bioquímica Nora Martinez.
Dentro do avião, a surpresa: todos os passageiros estão mortos. Pelo menos, aparentemente. No compartimento de bagagens, é encontrada uma caixa de madeira antiga, parecida com um caixão. Só que grande demais para ser um caixão...

Noturno é o primeiro volume da Trilogia da Escuridão, publicada pela Editora Rocco. Trata-se de mais um livro de vampiros. Mas não espere vampiros bonzinhos, romances. Os vampiros aqui são totalmente diferentes do que sempre imaginamos: sangue branco, apêndices que atacam os humanos, vermes de sangue.

O livro é narrado através da perspectiva de vários personagens. São pequenas histórias, aparentemente sem nenhuma relação, que vão se entrelaçando ao longo da obra. É uma excelente forma de manter a atenção do leitor: quando alguma coisa vai acontecer, a história é interrompida e passamos a acompanhar outro personagem.

No entanto, a ação demora um pouco para acontecer. A primeira metade do livro é meio lenta. Só então a narrativa começa a envolver, mas, com o desenrolar da história e o gradual aparecimento dos vampiros-zumbis, o que se tem é um livro repleto de clichês e feito para ser adaptado ao cinema.

É uma pena que o clima de mistério do início do livro tenha se perdido, pois provavelmente teria resultado num enredo bem mais interessante, um retorno triunfal às histórias vampirescas, as quais têm sido muito mal representadas atualmente.

O cansativo é ver os autores explicarem a todo o momento a pesquisa que claramente foi empregada para a construção da trama. Em vários momentos a trama se perde um pouco no meio dessas explicações e deixa a trama meio redundante.

Vou seguir em frente com a trilogia pois o livro possui uma estória que pode evoluir muito, e é o que espero que aconteça. Que eles foquem mais no suspense e na ação que a trama pede e deixem de escrever cenas praticamente adaptadas para o cinema.

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